terça-feira, janeiro 26, 2010

Things we learn


Ele provavelmente vai ficar possesso, ou chateado ou talvez nem se preocupe. A música que ele me mandou. Mas eu gosto diferente, ele não - who cares? Eu me lembro, porque eu sou uma cafona que adora música de academia e dança em cima da esteira, e mesmo assim eu me lembro: someone like him. Lembro-me igualmente dele quando penso que o professor de spinning é gatinho e sarado, mas a voz é um saco, sotaque preguiçoso de centro-oeste e um pouco baixinho, com certeza um porre que só pensa em pedalar na magrela - daqueles bem viciadinhos. Que bobagem essa minha de pensar que seria capaz de trai-lo, mesmo em pensamentos, mesmo provocando a libido e negando o compromisso. Tudo que me atrai em um homem me remete a ele. É meu câncer; minhas entranhas latejando sob o corpo dele são um câncer na minha memória. Aquele calor confidente junto de algumas palavras no meu ouvido - uma febre aguda. Os olhos de nenhum outro homem ultrapassam minhas retinas, penetram minhas roupas, minha pele pra dizer aquilo que eu preciso ouvir, mesmo quando não quero saber de nada. Nem o professor da academia, nem o cara da festa ou aquele pra quem eu dava corda. Que nojo. Mesmo gostando de música eletrônica e chocolate, mesmo achando que ele podia mesmo emagrecer um pouco e pensar mais no futuro, porra, eu ainda sou apaixonada por ele. Dependente e feliz, não sempre, mas muito.

E eu me sinto bem precisando dele, agora, mais do que nunca.
Só mais três semanas.

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