domingo, novembro 23, 2008

But I thought this wouldn't hurt a lot



Conheci um cara uns seis, ou sete meses atrás, pouco importa. Começou com aquelas conversas tri despretensiosas de msn, e quando me dei por conta, estava com um homem de olhar tenebrosamente marcante sentado do meu lado, numa cama improvisada, ouvindo música na frente de uma tv jogada no chão da sala. Rolou de tudo, e fazia muito tempo que eu não sentia aquele friozinho no estômago a cada movimento dele. Passamos a nos ver mais seguido, e por um bom tempo eu pensava naquela primeira noite como a melhor de todas, até melhores aparecerem.
Afudê ele, mas tinha muito que melhorar. Tinha um rosto duvidoso, fazia a barba lá de vez em quando e era talvez magro de mais. Mas eu idealizei ele, completo, eu vi nele o homem que talvez ninguém mais visse... eu queria ele pra mim, todo... e nessa obsessão eu me perdi, me iludi, me machuquei e me reergui. E agora eu to aqui sentada sentindo na pele que, tirando as furadas dele, tudo que eu idealizei existia, eu só não tive a chance de conhecer antes.

Does anyone cares? Hope not.

5 comentários:

Martina Viegas disse...

Bom...
Eu poderia te dizer milhões de coisas, Pâmela... poderia te dar 15.000 conselhos... mas acredito que eu não seja uma de tuas melhores amigas para ter esta intimidade - não que eu não seja tua amiga... mas tenho consciência de que não sou a melhor delas - afinal de contas, nos conhecemos no nível 1 do curso de desenho do HDR e, de verdade mesmo, conversamos quantas vezes? Poucas, acho...

Tu é tão tu, tão legal. Eu realmente acho isso e não preciso ficar te enchendo de confetes, pois além de não ganhar nada com isso, o que isso importaria?

Mas eu te digo isso porque hoje, vendo meus amigos no msn, te vi on... e pensei: 'putz, o que a Pâmela anda aprontando? desenhava hiper bem, deve estar fazendo coisas mto legais'... e então pimba! Vi teu blog e aqui estou.

Faço design também, não sei se lembras. Tô no 6º semestre e sim, eu também tentei medicina. Tentei mais pelos outros do que por mim, até cair na real de que estava mesmo, sendo uma anta. E hoje dou risada do tempo que perdi tentando me encontrar em um curso que só me deixaria vazia...

Adoro design... graças ao resto da minha sanidade mental, pude ver isso a tempo.

E tu deve tá pensando: 'ok... o que ela quer dizer com tudo isso?'

A resposta é: nada. Nada demais.
Só queria te dizer que eu li teu blog, fiquei surpresa com a articulação de tuas idéias e que, caso queiras, estarei sempre ai..

para falar de design, para avacalhar alguma coisa ou sei lá.

Às vezes a gente procura amigos nos lugares errados... sei por mim.
Então, apenas pensei que fosse legal te dizer que sim, tu achou uma amiga sem precisar fingir ser outra pessoa.

Renata disse...

é natural,
em alguma fase de nossa vida não sabermos o que estamos buscando...por vezes,acabamos nos iludindo,acabamos até nos "traindo",adiando o que já sabemos o que fazer(a resposta já existe dentro de nós).
Em relação se vale a pena ser hipócrita,pois fiz um comentário no post dilema,creio que não me expressei bem:quis dizer que,como o ser humano tem mania de achar que sempre está certo,se sente acuado e por isso,tenta "peitar a vida",enganado a si próprio e,por fim,o engano.Usa máscaras para dissimular a si e a todos que estão ao seu redor,mas sabe que em algum momento vamos querer e sentir necessidade de ser somente nós,que na realidade isso que é o nais ato humilde de ser,descobrirmos e aceitarmos o que somos e sem importar com o que pensam e como nos vêem...
Obs:somos totalmente estranhas uma para outra,mas somos seres que vive a vida a cada dia que passa adquirindo experiênicas únicas.
Muito bom seu blog,te achei por acaso viu?rsrs
Espero que fui coerente em meu raciocínio e,por não nos conhecermos,tenha paciência de ler meus comentários Pâmela.

Priscila Palacci disse...

é menina que pinta "os zóio" de preto... aos poucos já não precisa mais se esconder pra andar de balanço...
bom né?
apenas pra lembrar... máscaras todos vestimos, as piores são que as usamos diante do espelho.

Martini disse...

Já passei da fase de me munir de disfarces para poder encarar mais facilmente situações que talvez a verdadeira Pâmela não conseguiria suportar... mas ao que me refiro constantemente aqui é sobre a minha dificuldade em muitas vezes ser franca por falta de segurança em mim mesma. Mas uma vez que se descobre que a outra pessoa é tão insegura quanto tu, já não há mais porque ter medo de ser verdadeira.

E renata, fico grata por compartilhares das tuas opiniões comigo e acho que não precisa se ter grandes preocupações em ser coerente, porque como tu mesma disse, não nos conhecemos e temos vidas completamente diferentes, logo nossas divergencias nada mais são que consequencia natural disso.

E pri, estamos as duas no mesmo playground, a gente só reveza a vez de cada uma empurrar a outra no balanço! E isso é tri! Bjinhm desquexada! :D

Priscila Palacci disse...

uahauhauhauh mesmo playground, bem apropriado... só não gostei do "desquexada"... mas acontece... ainda bem que ainda não encontrou na natureza um semelhante em ausência... confesso que esses talentos representativos as vezes me assustam.
Tu falava em outro post sobre amizade, me passou o paralelo sobre revezar quem empurra o balanço no fim das contas, gostei da analogia. ;)