sexta-feira, março 06, 2009

Dreaming about Falkenberg

Difícil entender a dinâmica do pensamento de uma semi-sonâmbula... mas talvez seja mais prático narrar a linearidade dos 'factos'...
Meia noite e, como num compromisso sagrado, lá estavam os dois em postos, prontos para falar sobre seus produtivos dias... Lindos, porém acabados... de pouco sono e muito trabalho. Bem delícia! Porém, estas horinhas, em plena madrugada, acabaram se tornando uma espécie de fuga para as saudades, que insistem em nos afetar o humor (a princípio bem curto durante os dias de semana), logo compensam... e muito. Conversa vai, conversa vem, cedo ou tarde o sono bate e ele vai dormir. Já eu, estou no ápice do meu potencial cerebral e começo a googlear por horas até encontrar algo de valia... Depois de uns instantes garimpando e-books de um site, encontrei um título que, à parte de todos os livros de literatura chatos que a professora de literatura me fez ler no ano pré-vestibular, me cativou de maneira ou outra: era a coletânea dos melhores contos do Caio Fernando Abreu. Resolvi ler de novo pra ver se pegava no sono, mas antes mesmo de abrir o arquivo, começaram a surgir insistentemente, cenas da minha época de Bahia, areia e sol, e todas as coisas in between ... uma delas, remeteu-me a um affair que tive por um bom tempo, hoje entregue as traças da minha memória escura (e que ela o tenha), mas que puxou à lembrança outro, um pouco mais antigo, que tinha ciúmes dele: um sueco chamado Sven, que lutava kendo e tinha nascido em uma cidadezinha chamada Falkenberg... Já nesta cidade, foi rodado um filme independente, muito bonito, que ganhou renome por sua temática séria, hermética e existencial (segundo outrem), chamado Farväl Falkenberg... Deixei o Sr. Caio de lado e fui atrás do site de onde tinha baixado o filme com legenda em inglês, ano passado, mas quem disse que achava? Ah, insônia, insônia... Com o rabinho entre as pernas, voltei para o desktop e me deparei com aqueles dois pares de olhos fitando-me como se eu nem fizesse parte daquilo... ;/

Senti-me distante da vida por um segundo e resolvi dormir a força.

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