sábado, janeiro 21, 2012

I don't know what to dooo with my self *tan dan*

Não que meus dois leitores sejam assíduos e cobrem atualizações constantes aqui, mas lamentar é a única coisa que me levaria a escrever hoje. Então com licença, deixe-me assoar a saudade e secar a tristeza da cara, antes que eu de um murro na primeira coisa com sistema nervoso na minha frente.
Ok amígdala - chill out. Teve Porto Alegre chovendo e Porto Alegre sorrindo os dias mais lindos do ano, e as noites então... Foi be lís si mo. E voltar pra casa já não causou a mesma sensação de preenchimento de antes. Parece que folgou nas pontas, sobrou coração no peito, sem destino, e não é tão simples andar com esses pedaços pendurados por aí. Preciso interagir, sair, beber, tentar fazer amigos uma vez na vida, adaptar meu discurso, fazer de conta que não sou daqui - ser menos ainda. As vezes faltam motivos pra persistir. Essa carência de nome e de objetivos me faz sentir extremamente pobre - entende?
Claro que não entende.

Anfã.

Hoje acordei com a notícia de que a gatinha preta que recolhemos da rua morreu. Era infecção de mais pra um pulmãozinho tão pequeno. Estava dura e molhada. Minha mãe cavou um buraco bem fundo pra enterrar a pequena, do lado da figueira que prometeu cuidar dela. E como se não fosse o suficiente sentir saudades prematuras de um afeto tão recente, resolvemos dar um pulo na casa dos gatos, na rua de baixo, e recolher a irmãzinha da pretinha, tão constipada e debilitada quanto. Dessa vez foi eu quem tomou responsabilidade. Uma bebê linda, de um mês, 200g, olhos verdes e desejo insaciável por adrenalina. Depois de pensar e repensar em Berenices, Sullys, Zerafinas e Priscilas, o nome ficou Muriel (eu estava guardando o nome para minha filha, mas sabe-se lá quando haverá filha).

Cara, eu sei que o buraco ainda está aqui, mas isso não me impede de sair procurando coisas novas que encaixem nele. Não é a maturidade, é apenas a renovação.

2 comentários:

Priscila Palacci disse...

insônia pré prova me fez aparecer por aqui... ler os nomes "pensados" para a gatinha me fez lembrar de uma época de caricaturas. Quando olho pra traz me identifico mais do que deveria com a palavra caricato. Mas ok, uma boa parte dos risos foi de verdade.
Fico por aqui... sem debates psicológicos dessa vez. =)

Martini disse...

ah,o passado as vezes é tão atraente quando a gente pensa que ele é a unica certeza da nossa vida.
:D o pior de tudo é que eu nem tinha pensado em ti gatita!