quinta-feira, abril 11, 2013

I don't care about nothing


Sinto falta do passado, de quando ainda haviam descobertas essencias a serem feitas. Quando ainda havia emoção em sair todo fim de semana agarrada no mesmo braço magro pra explorar as possibilidades de uma cidade maravilhosa, antes que ela morresse na mediocridade de uma juventude que preferiu homogenizar a beleza da expressão individual em uma massa de gente nojenta, sem autenticidade e chata - putaqueopariu. Óbvio que existem as pessoas que estão despertando a consciência a respeito da política e do meio ambiente... mas o processo "in" me parece faltar. Eu quero não precisar me importar com as pessoas ao meu redor, assim como quero que elas não se importem comigo e nem com ninguém além delas mesmas, e ao mesmo tempo quero que todos sejamos felizes, sujos ou limpos - felizes. Quero correr rua com uma garrafa de vinho e pular muro, ir em festas onde as pessoas estejam aproveitando a elas mesmas; cantar, dançar, dormir na calçada, chorar de amor, rir por ironia, SENTIR a noite... como o momento em que se pode ser livre das responsabilidades do horário comercial, não como outro expediente de experiências rotineiras e previsiveis. Quero olhar pro lado e ver que as pessoas saem de casa sexta a noite pra isso!

Mas nada mais acontece... só me resta ir para Paris e viver o lado B do "sonho americano", sem casa própria, filho perfeito, labrador que entrega o jornal na sua mão, esposa que sabe cozinhar, férias uma vez por ano... só a autonomia de poder ser feliz as 8 da manhã ou as 8 da noite... de segunda ou de sábado... Afinal, sucesso  não é nunca ter passado necessidade e morrer cheio da grana, mas sim em encontrar o seu próprio caminho em meio a toda a bagunça que o resto do mundo considera vida e morrer feliz...

Só assim pra sentir a velha sensação de realização outra vez.

(Viajei afu só por que eu queria uma festa de verdade... com banheiro unissex, gente pedindo música pro dj e indo pra casa com o sol dando bom dia)

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