Tudo que eu precisava era de uma tragadinha bem gelada e de um Franz no repeat até que minhas idéias se reorganizassem e voltassem a fazer algum sentido. Depois de mais um balde de água gelada nos meus planos tive que dar o braço a torcer: talvez eu tenha mesmo que perder esta mania pragmática, de chegar a ser irritantemente meticulosa com coisas que deveriam ser espontâneas...
Quando retruquei ele ao dizer o quanto aquilo significava pra mim, ele se fechou, enquanto me escorava na porta do armário fitando a "maldita" tatuagem na sua nuca, com as sobrancelhas contraídas por trás dos óculos escuros. Logo ele se levantou e saiu... eu fiquei esperando, mas por algum motivo, sabia onde ele tinha ido e que não ia voltar, mas resolvi procurar pela casa e finalmente subir até o terraço (ou seja lá o que for): "Besta!"... quase me faz morrer do coração, sentado nos azulejos da pia, com os braços sobre as pernas e o olhar despreocupado de quem está lá apenas pelo prazer de ver o céu ao entardecer... tão perfeito que não tive coragem de interromper e, cautelosamente, sentei-me ao lado. De repente ele desfaz a pose ao me ver lá e diz: "A essa hora passam muitos aviões por aqui."...
Tudo bem... dentro de mim eu me dei por vencida, mas ainda estava chateada e foi isso que eu demonstrei, como toda boa mulher birrenta. Descemos e brigamos feito ar quente e frio, apenas não podendo ocupar o mesmo lugar com idéias opostas. Eu fui pra sala e voltei, briguei e fui mais uma vez, soluçando, evitando chorar... mas o desgraçado me abraçou, foi atrás de mim e me abraçou como todo bom homem sensível. Fomos até o quarto, ele me sentou no seu colo e conversamos... finalmente conversamos........................................................
Divergências, acusações... foda-se! Deitamos juntos e, entre aquela união simbiótica de pele, calor e pensamentos, nos entreolhamos... foi a deixa para que ambos pudessem ter o luxo de apertar pela última vez em todas as teclas que machucavam muito; de trazer a tona as pedras que estavam atrapalhando nosso crescimento e recolher as garrinhas para expor nossas opiniões. As cartas foram lidas, as consciências limpas e as mãos lavadas, todas de uma vez, de uma vez por todas... sem cerimônias, sem figurino, sem cena de filme... apenas os dois na casualidade dos corpos e no acaso da situação. A paranóia se esvaiu, morreu com tanta sinceridade, cumplicidade, amor... e já estavamos livres do passado, vencido, exaurido, atirado em um longo periodo de hibernação para nunca mais interferir maldosamente em nossas vidas...
In the end, nada melhor do que a libidinosa entrega dos amantes para selar nosso acordo permanentemente.
E agora saio eu pelos corredores cantando: Come with me to the dance floor! *tunz tunz tunz*
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Vergangenheit nur im gedanken
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5 comentários:
You and me
'coz that's what is for
show me now how is it
you gotta be doing
and the music in the house is so *repeat*.
Te amo, bicuda.
E agora é a nossa vez de arrasar na pista!
:*
ihhh, qq o senhor escreveu antes q se arrependeu? heim?
O senhor escreveu antes a letra errada...
coiso mesmo!
vamo canta então: PIRANHA! PIRANHA!
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