quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Vergangenheit nur im gedanken

Tudo que eu precisava era de uma tragadinha bem gelada e de um Franz no repeat até que minhas idéias se reorganizassem e voltassem a fazer algum sentido. Depois de mais um balde de água gelada nos meus planos tive que dar o braço a torcer: talvez eu tenha mesmo que perder esta mania pragmática, de chegar a ser irritantemente meticulosa com coisas que deveriam ser espontâneas...

Quando retruquei ele ao dizer o quanto aquilo significava pra mim, ele se fechou, enquanto me escorava na porta do armário fitando a "maldita" tatuagem na sua nuca, com as sobrancelhas contraídas por trás dos óculos escuros. Logo ele se levantou e saiu... eu fiquei esperando, mas por algum motivo, sabia onde ele tinha ido e que não ia voltar, mas resolvi procurar pela casa e finalmente subir até o terraço (ou seja lá o que for): "Besta!"... quase me faz morrer do coração, sentado nos azulejos da pia, com os braços sobre as pernas e o olhar despreocupado de quem está lá apenas pelo prazer de ver o céu ao entardecer... tão perfeito que não tive coragem de interromper e, cautelosamente, sentei-me ao lado. De repente ele desfaz a pose ao me ver lá e diz: "A essa hora passam muitos aviões por aqui."...
Tudo bem... dentro de mim eu me dei por vencida, mas ainda estava chateada e foi isso que eu demonstrei, como toda boa mulher birrenta. Descemos e brigamos feito ar quente e frio, apenas não podendo ocupar o mesmo lugar com idéias opostas. Eu fui pra sala e voltei, briguei e fui mais uma vez, soluçando, evitando chorar... mas o desgraçado me abraçou, foi atrás de mim e me abraçou como todo bom homem sensível. Fomos até o quarto, ele me sentou no seu colo e conversamos... finalmente conversamos........................................................
Divergências, acusações... foda-se! Deitamos juntos e, entre aquela união simbiótica de pele, calor e pensamentos, nos entreolhamos... foi a deixa para que ambos pudessem ter o luxo de apertar pela última vez em todas as teclas que machucavam muito; de trazer a tona as pedras que estavam atrapalhando nosso crescimento e recolher as garrinhas para expor nossas opiniões. As cartas foram lidas, as consciências limpas e as mãos lavadas, todas de uma vez, de uma vez por todas... sem cerimônias, sem figurino, sem cena de filme... apenas os dois na casualidade dos corpos e no acaso da situação. A paranóia se esvaiu, morreu com tanta sinceridade, cumplicidade, amor... e já estavamos livres do passado, vencido, exaurido, atirado em um longo periodo de hibernação para nunca mais interferir maldosamente em nossas vidas...

In the end
, nada melhor do que a libidinosa entrega dos amantes para selar nosso acordo permanentemente.

E agora saio eu pelos corredores cantando: Come with me to the dance floor! *tunz tunz tunz*

5 comentários:

Drug disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Drug disse...

You and me
'coz that's what is for
show me now how is it
you gotta be doing
and the music in the house is so *repeat*.

Te amo, bicuda.
E agora é a nossa vez de arrasar na pista!

:*

Martini disse...

ihhh, qq o senhor escreveu antes q se arrependeu? heim?

Drug disse...

O senhor escreveu antes a letra errada...

Martini disse...

coiso mesmo!

vamo canta então: PIRANHA! PIRANHA!