segunda-feira, março 12, 2012

Lembranças doces

Se tempero é o amargo da vida, eu abdico dele e adoço meus dias com o que há de bom. Se não eu engasgo, morro de IRA, HTA e tristeza aguda do miocárdio. Afinal, depois de uma noite de vira lata, no ponto zero entre solidão social, desespero, cigarros, Rolling Stones e um banho gelado pra curar a ressaca fdp e a dor que se enterra além dos nervos, eu ganho um pai de volta de Miami, com direito a abraços de urso que não veem dor nas costas e presentes delicados para a filhota como uma arma profissional de paint ball e máscaras de proteção - tudo que uma princesa quer! E com isso volta a felicidade de se estar aqui e não no senhor caralho-a-quatro-do-sul; a paz de tudo que me afasta da parte escura de ser e as lembranças doces, como Vanessa da Mata - que eu resgatei aleatóriamente junto com o carro, e minha mãe comentando que é minha cara essa música: intensa, instável e apaixonada. Não teve como não amolecer ao sentir uma aproximação tão espontânea dela em relação a minha natureza.
Hoje eu transpiro amor, e penso que o resto é bobagem. A gente tempera a vida com aquilo que nos deixa felizes e não com metáforas que justificam os momentos ruins.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tu escreves MUITO, adoro ler-te.

Martini disse...

valew criatura

:D eu adoro saber que ainda há aqueles que gostam.

:**** me estimula