terça-feira, março 13, 2012

O que morre fácil não se lamenta

O foda não é a briga, o deletar de toda a existência virtual de uma pessoa. Foda mesmo é que no final tu sabe que era inventado, que tu não passou de uma hipócrita tentando dar cor praquilo que já não era satisfatório, como uma forma de segurar as pontas, de seguir adiante, de enfrentar o medo da solidão quando nada mais parecia importar. E talvez ainda não importe, mas eu to farta disso. Já prometi uma vez que nunca mais me conformaria com o meia-boca, que se algo não me fizesse pular e gritar de felicidade, mesmo que mentalmente, eu cortaria pela raiz pra não dar chance de reaparecer. Se não vicia, e pra mim chega de inércia. Chega de repressão, de fala fala e quarto fechado. Chega de Pâmela em doses homeopáticas.



Pra valer a pena é preciso transbordar, se não tu vive confinado ao recipiente, ao lugar comum de todas as coisas comuns, sem jamais descobrir o que realmente te faz único.

3 comentários:

Vikki disse...

Ler isso ao som de Quiet World do Katatonia ficou tão intenso que até vi como uma cena de filme...rs
Gosti da postagem (apesar dos pesares).

K. disse...

same here

Martini disse...

porque apesar dos pesares?

^^ acontece, não tem porque fazer parte do luto dos outros :D